segunda-feira, agosto 28, 2006



Ben Thatcher vs Pedro Mendes

Título: “O Cartão Amarelo” ou “No calor do jogo”

Fiquei particularmente chocado com a visualização deste vídeo, mas depressa me ocorreu que na sociedade, os seres providos de maldade que ousam atentar contra aqueles que tentam cumprir as regras do jogo social acabam sempre por ter um final semelhante a este – com uma simples repreensão (quando apanhados em flagrante delito).

Porém, acho perfeitamente normal esta conduta dentro do campo, se me basear que o futebol é feito de homens, destes seres que habitam numa sociedade que só por si tresanda a podridão, e em que o Futebol acaba por ser um reflexo dela. Existe um proteccionismo exacerbado deste tipo de condutas, mas apenas conforme as situações e de acordo com o jogo de influências nos bastidores.

Para evidenciar a justiça futebolística, lembro de um caso em que o jogador do Liverpool, Robbie Fowler foi acusado por consumo de cocaína, suspenso do campeonato, mas à posteriori considerado inocente e, como sinal de protesto festejou um golo a fingir que estava a inalar o giz de uma das delimitações do campo, voltou a ser suspenso. Achei dramático na altura pois ninguém importou-se com o jogador quando o difamaram, ninguém se importou em chafurdar o nome de um inocente na lama, mas quando existe uma tentativa de grito de revolta é melhor cortar-se o mal pela raíz – foi suspenso de novo.

Matterazzi – Já vi agressões e atitudes incompreensíveis do jogador em questão. Já vi o suficiente num jogo de 90 minutos para saber que este “jogador” não devia de poder entrar numa competição oficial para todo o sempre. Este jogador raramente é expulso e joga à margem das leis futebolísticas mas que no entanto consegue subsistir impune no futebol mundial e ainda ser considerado um óptimo jogador.

João Pinto – Agressão (quase invisível) ao árbitro no Mundial Japão/Coreia deu-lhe uma suspensão de 6 meses, reduzida à posteriori para 4 meses – Zidane – 3 jogos e título de melhor jogador do Mundial 2006. Mas a FIFA já demonstrou uma vez esta qualidade coerente em punir certos agressores com títulos de melhores jogadores – George Weah.

Quanto a mim, continuo a pensar que Marco Van Basten acabou a carreira aos 29 anos devido às constantes agressões que sofreu durante a sua curta carreira, mas relembro que para quem faz jogo limpo não existe proteccionismo.

1 comentário:

roque disse...

Fdx... era juntar este gajo e o Matterazzi numa jaula e deixá-los praticar o seu futebol um no outro... eheheh