Após ter efectuado um estudo de impacto económico-social na minha vida, cheguei à conclusão que manter uma relação não é assim tão importante na questão custo-benefício.

Foto retirada daqui.

Parecido com o título que Gabriel Garcia Marquez daria a um livro seu, é como me sinto hoje, tal e qual uma puta, triste, e esta é a minha memória:
Confiei nesse chulo - Scolari - confiei na sua obra, na sua sabedoria até ao momento em que deu a sua primeira conferência de imprensa antes do jogo com a Finlândia, da qual não me lembro das palavras exactas mas a mensagem era esta: Vamos jogar para empatar. Sabemos que a equipa que está em frente de nós é medíocre mas o empate chega-nos e temos de pensar no futuro. Na altura, essas afirmações caíram que nem bombas no fundo do meu âmago e senão fossem as azias a que já me habituei desde o jogo com a Grécia, esta teria derretido o meu pescoço tamanha a sua violência. Uma selecção cotada entre as 10 melhores mundiais vai defrontar uma humilde Finlândia com o «rabinho entre as pernas». Lamentável, se calhar tão lamentável como a escolha dos elementos da equipa - todos em baixo de forma, facto que foi admitido pelo meu chulo, e admitido pelos jogadores dentro do campo. Sabem, detesto pensar em Portugal como um país de 23 predestinados e nada mais, talvez porque não é verdade, talvez porque temos tanta pé-de-obra qualificada para a prática do «chuto-na-bola» como para a prática do «pontapé-na-canela».
A vitória com o Azerbeijão caíu que nem ginjas. Tivessem eles um jogador que fosse com a qualidade do pior dos nossos e creio que o jogo seria diferente - falta-nos a abnegação que qualquer equipa mundial tem - mas para nossa felicidade, ganhamos justamente e folgadamente.
Mas a saga continuou com novas palavras macabras provenientes da besta ditaram maus prenúncios para a jornada seguinte - "O EMPATE CHEGA"! De novo, a bestialidade de tal personagem trasgride de forma ostensiva o senso comum de qualquer português - chega de tanta mediocridade, pois a vida é feita de ciclos.

Nota do autor: Sempre estive de acordo com a presença do senhor Scolari na selecção, e sempre o defendi de unhas bem afiadas mas neste momento creio que já não é a melhor escolha para o lugar, não pelos resultados mas pela falta de ambição que nós Portugueses necessitamos. Prefiro ver Portugal a perder um jogo sabendo que queriam ganhar do que saber em antemão que vamos jogar para o empate ou pior.

Fotografia de Família